terça-feira, 31 de agosto de 2010

Rio Grande do Norte

Depois de Canoa Quebrada fomos rumo ao Rio Grande do Norte, passamos por uma viagem de balsa enorme, chegamos à Areia Branca, região das Salinas, pra onde você olha vê montanhas de sal e lagoas quase secas, já passava da uma da tarde e a previsão de uma próxima cidade estava um pouco longe, daí resolvemos almoçar por lá mesmo, cada lugar horrível, avistamos um “menos pior”, e fomos, se arrependimento matasse....ui.....

Ao escurecer chegamos ao estacionamento da cidade de Galinhos, é o seguinte, tem duas maneiras de se chegar lá, que dizem que é lindo, Galinhos é uma península, e o caminho mais fácil é deixar o carro nesse estacionamento e pegar uma voadeira, ou uma trilha por dentro de uma salina, adivinha o que eles preferiram? Fomos até essa salina, era uma trilhazinha rodeada de arbustos tudo igual e cheia de bifurcações, mas indicaram o caminho para ir e não tinha muito o que errar, tínhamos de atravessar esse lugar e chegar na praia para ir pela areia, no meio dessa trilha encontramos um laboratório e mais á frente uma placa escrito o seguinte:

Cuidado!

Área de Quarentena

Vixe.......ficamos com medo, parecia que estávamos no “LOST”, bom..chegamos à praia, andamos um pouco e logo....adivinhem?....Atolamos bem pertinho da água do mar, deu um trabalham para desatolar e já estava quase noite, pois bem, minha sogra e eu conseguimos convencê-los de voltar, e para achar o caminho de volta na trilha foi difícil, não tinha uma santa alma, pegamos o caminho errado, lógico, e fomos longe num sentido completamente diferente, quando percebemos muito tempo depois voltamos tudo de novo, e já era difícil acertar a trilha de dia, de noite então....

Conseguimos sair e fomos para uma cidadezinha minúscula, mas a única da região, para dormirmos, foi a pior noite, não tinha um único hotel num raio de 100km a não ser um em cima de um posto de gasolina, já se fazia tarde, estávamos cansados e com fome, ficamos lá mesmo, era tudo até que novinho mas meio sujinho, eca....antes de dormir fomos no único restaurante da cidade, uma casinha cheia de homens mal encarados, comemos, cuzcuz (que lá é só farinha), arroz com cenoura, batata doce cozida e feijão de corda, era o único prato servido, o arroz até que estava bom, minha sogra preferiu não comer. O começo do Rio Grande do Norte, vindo do Ceará é bem sofrido, simplesmente não tem escolha, dormimos e comemos onde deu, uns lugarzinhos feios, até que na manhã seguinte fomos em busca do café da manhã, pois não achamos uma padaria se quer, e o super hotel do posto não tinha café. Fomos sentido São Miguel do Gostoso, daí sim passamos por várias prainhas bonitinhas, mas os vilarejos eram bem feios, mas só olhamos até que paramos numa cidade para finalmente tomarmos café, não encontrávamos nenhuma padocazinha, no máximo uns lugarezinhos que só vendiam pão, paramos num lugarzinho que depois que descobrimos da pior maneira que era ruim pra burro. Mais tarde chegamos à São Miguel do Gostoso, uma vilinha bonitinha, a praia também é bem bonita, logo mais a frente nos deparamos com o marco zero da BR-101, a mesma que termina na Piaçaguera, o Lucas viu um farol e um caminho pela praia que chegava a Touros, e resolveu ir mesmo a gente implorando, pois era pela areia, adivinhem mais uma vez, lógico que ele foi, mas dessa vez ele finalmente aprendeu, quase perdeu o carro, a pick-up atolou perto da água, o Lu ficou desesperado e ela não saía, teve que cavar e colocar um tronco de coqueiro embaixo para sair, à muito custo conseguimos, daí vi que tinha uma estrada de terra pertinho Dalí, pegamos essa estrada e chegamos a Touros, eu não gostei de lá não. Naquele dia dormimos num hotel que está quase soterrado por uma duna em Genipabu. A praia é bonita, mas a cidade é bem feia, na manhã seguinte finalmente chegamos à Natal, lá visitamos o Forte dos Reis Magos, muito legal, fomos até o centro de artesanato em frente a praia dos artistas, a cidade é linda, limpa e bem organizada, só tem prédios lindo, muito bem cuidada, mais tarde fomos até a feira de artesanato no antigo presídio, muito legal, vimos mais algumas praias até chegar em Pirangi, cheguei lá passando muito mal, acho que foi o roteiro gastronômico dos últimos dias, tive uma febre alta, e dores no corpo, e felizmente passou a febre na manhã seguinte, mas os outros sintomas ficaram mais uma semaninha, dormimos num hotel bem de frente ao maior cajueiro do mundo, que aliás é grande mesmo, tem 10.000m2 na manhã seguinte descobrimos um flat na praia de Pirambúzios, entre Pirangi e Búzios, uma graça fica bem no alto com vista para o mar, dá para ver os Parrachos e o barcos logo cedo fazendo passeios, a dona do flat mora ao lado, Claudete, uma galega, passamos uns 3 dias lá, mergulhamos nos parrachos e passeamos de barco, e pela primeira vez na viagem pegamos uma chuvarada, daí só sobrou shopping, o Lu adorou, dois dias seguidos de shopping lá em Natal.

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